Temos alternativas!


Portugal importa, em média, cerca de de 80% da energia que consome, segundo dados da Direcção Geral de Energia, e para além de o consumo ter vindo a aumentar, ao longo do tempo, e consequentemente a importação, a “eficiência energética” do país tem vindo a diminuir, contrariamente à tendência do resto da Europa.
Aumento do consumo
Portugal importa, em média, cerca de de 80% da energia que consome, segundo dados da Direcção Geral de Energia, e para além de o consumo ter vindo a aumentar, ao longo do tempo, e consequentemente a importação, a “eficiência energética” do país tem vindo a diminuir, contrariamente à tendência do resto da Europa. O valor da eficiência energética, obtém-se através da divisão da energia consumida pelo PIB, ficando-se assim a conhecer a quantidade de energia necessária para produzir uma unidade de riqueza. Actualmente, é consumida mais energia, para produzir o mesmo fim, do que em 1990.
Dia Mundial da EnergiaEstaríamos felizes e contentes no dia 13 de Março - Dia Mundial de Energia se pudéssemos contar infinitamente com os ditos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), se os mesmos, durante a sua exploração e utilização não causassem impactes ambientais, nomeadamente a libertação do dióxido de carbono –o principal responsável pelo efeito estufa. Se o consumo da mesma energia não tivesse disparado nos últimos anos. Se a sociedade tivesse desenvolvido uma relação racional com a energia e tivesse em mente, durante a sua utilização, o fim enunciado, a médio prazo, dos combustíveis fósseis. Se as energias alternativas proliferassem como cogumelos..., mas não, a realidade não é essa.
O futuro passa necessariamente pela aposta nas energias alternativas e pela utilização racional da energia. A disponibilidade permanente, conduziu ao consumo descuidado e exagerado. Os especialistas acreditam, no entanto, que é possível reduzir consideravelmente o consumo de energia, sem beliscar o ritmo da economia e o grau de conforto e de satisfação das pessoas.
No Brasil, a maior parte da energia eléctrica é produzida nas barragens. Em 2001, após um verão particularmente seco, as barragens estavam num nível muito baixo e previam-se sérias problemas de produção e abastecimento de energia eléctrica. O governo brasileiro impôs um forte racionamento no consumo, passada a crise, os velhos níveis de consumo não foram retomados. As pessoas tinham-se apercebido que era possível viver com o mesmo nível de conforto, economizar energia e pagar um factura inferior de electricidade. Uma excelente notícia!
Segundo um relatório de 2002, da Agência Internacional de Energia, 80% de toda a energia consumida mundialmente provém dos combustíveis fósseis. Para este valor contribui cada vez mais, o sector dos transportes. Todos nos
deslocamos, quase todos temos, pelo menos, um automóvel, para além disso, os transportes colectivos não são considerados, ainda, como uma verdadeira alternativa. Apesar deste domínio, a União Europeia preconiza outras metas. Assim, a Directiva Renováveis para a Electricidade (2001/77/CE), que incide apenas sobre o mercado da electricidade, estabelece que até 2010, 39% da produção eléctrica em Portugal deve provir de energias renováveis. Ora esse valor poderá ser, em parte, assegurado pelo aproveitamento da energia hidroeléctrica nas barragens. Mas, com o aumento progressivo do consumo, terá de se apostar em mais do que uma fonte de energia alternativa. Para além desta directiva, o Livro Branco para uma Estratégia e Plano de Acção Comunitários na área das Renováveis impõe que as energias renováveis dupliquem a sua participação no balanço energético da EU, passando de 6% para 12%, até 2010.
Combustíveis Fósseis
Como se adivinha, dada a sua lentíssima formação, as suas reservas mundiais têm os dias contados. Ora isto coloca-nos numa situação com apenas duas soluções complementares, usar racionalmente a energia e apostar claramente nas energias alternativas.A sua origem geológica remonta ao Período Carbonífero, há mais de 300 milhões de anos..
O carvão, o petróleo e o gás natural resultam de uma lenta sedimentação de restos de organismos vivos. Neste processo, imobilizaram-se grandes quantidades de carbono, que são libertadas, sob a forma de dióxido de carbono, quando ocorre a sua queima - precisamente o gás que mais contribuí para o aumento de temperatura global. Os efeitos das alterações climáticas são conhecidos: a subida lenta, mas constante nos últimos anos, do nível do mar; a existência de condições meteorológicas extremas; perturbações nas produção agrícolas, nos ecossistemas e nefastos efeitos na saúde pública. Para os atenuar surgiu o conhecido Protocolo de Quioto que entrou recentemente em vigor, à revelia dos Estados Unidos. O seu cumprimento vai "obrigar" que os governos, os cidadãos e as empresas se esforcem para melhorar a sua eficiência energética.
Quais são as energias renováveis? Qual a sua situação em Portugal?
Energia Hidroeléctrica
Nas Barragens produz-se cerca de 17% da energia eléctrica produzida no mundo e cerca de 1/3 da energia total consumida em Portugal, em anos húmidos. Mas a produção hidroeléctrica tem limites físicos e apesar de não lançar fumos para a atmosfera, como fazem as centrais térmicas e de a natureza repor continuamente as águas, fomenta impactes negativos, havendo quem ponha em causa o seu adjectivo de “renovável”. Consistiu uma barreira física à passagem de organismos aquáticas (Onde estão as enguias?), retêm sedimentos, o que conduz a um aumento da erosão a jusante, leva ao desaparecimento de habitat naturais, propriedades agrícolas, aldeias… Nos países industrializados já foram construídas quase todas as barragens que era possível. As mini-hidrícas são, ultimamente, apresentadas como uma alternativa ecológica menos agressiva do que as grandes barragens.
Energia Solar
A energia solar pode ser convertida em calor nos painéis solares e em electricidade nos painéis fotovoltaicos. Algumas aplicações dos painéis fotovoltaicos são os telefones SOS nas auto-estradas, electrificação de escolas e de aldeias isoladas... Esta aplicação é ainda um pouco cara e mal divulgada. Em 2000, a Alemanha já tinha instalado cerca de 3,5 milhões de metros 2 de painéis solares, o equivalente a 350 campos de futebol. A seguir na lista vem a Grécia com cerca de 2,8 milhões de m2 instalados. Portugal, com sensivelmente as mesmas horas de Sol, tem apenas 225 mil m2, segundo dados do Programa Nacional de Água Quente Solar.
Até parece que quando o Sol nasce, não é para todos. Uma boa aposta é o denominado “solar passivo”, que consiste na aplicação de conceitos da Arquitectura bioclimática, para rentabilizar as componentes térmica e luminosa da energia solar, sem agravar os custos de construção.
Energia Eólica
A utilização da energia do vento para produzir energia eléctrica está a crescer exponencialmente, tendo aumento 52%, em média, por ano, entre 1971 e 2000, segundo a Agência Internacional de Energia. Por nós bem conhecida, este tipo de energia alternativa reúne consensos, mesmo entre os ambientalistas.
Biomassa
A biomassa é a matéria resultante dos animais e plantas, sendo a queima da lenha a aplicação ancestral. Porém, novas aplicações tecnológicas permitem a conversão de resíduos de animais, esgotos e de lixos domésticos em biogás, que por sua vez é transformado em calor ou electricidade. Existem já no país suiniculturas que são auto-suficientes energeticamente. Circulam também, já nalguns países, uma frota de automóveis com os chamados “biocombustíveis” – biodiesel ou etanol- feitos a partir de cana-de-açucar, beterraba e girassol. Quem diria?!
Energia Geotérmica
Para além das aplicações tradicionais do calor da Terra, próprias de cada região, por exemplo, na ilha de São Miguel, do cozido das Furnas, é possível, quando a temperatura da água é elevada, aproveitar este recurso natural para produzir electricidade. A ilha açoriana possui já duas centrais desse género, que produzem cerca de 1/3 da electricidade consumida na ilha.
Energia das Ondas
Não será de desprezar este potencial para produzir energia eléctrica, num país banhado pelo mar. Está já instalada na ilha do Pico, nos Açores, uma central experimental
Células de Combustível
Funcionam como uma pilha que está ligada a um reservatório de hidrogénio. O hidrogénio existe numa quantidade inesgotável de substâncias, de modo que estas células são incluídas nas renováveis. Têm a vantagem de não produzir poluentes atmosféricos. Existem já protótipos de automóveis a circular com células de combustível. Mas não constituem ainda uma alternativa competitiva, devido a limitações técnicas e económicas.
Futuro
Nesta breve descrição esboça-se um futuro, a médio prazo, em que as energias alternativas terão necessariamente um importante papel a desempenhar. A integração de conceitos e práticas de economia energética, com o desenvolvimento sustentável e com a mobilidade sustentável estarão também na ordem do dia. Basta fazer uma breve pesquisa na net e surgem empresas nacionais que oferecem várias aplicações das energias renováveis, sobretudo da energia solar. Repare-se também, que fazem parte das deduções à colecta prevista no IRS, duas alíneas: “Despesas com a aquisição de equipamentos novos para a utilização de energias renováveis”, bem como “Despesas com a aquisição de equipamentos complementares indispensáveis ao funcionamento de equipamentos energias renováveis”. E esta?
Fontes a consultar:
Programa Água Quente Solar para Portugal
Programa Nacional para a Eficiência Energética de Edifícios (P3E)
Contactos:
Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis (APREN)
Sociedade Portuguesa de Energia Solar
Agências de Energia -ADENE
Associação Europeia de Energia Eólica
Eugénia Gonçalo [05-03-2005]

Dia Mundial da Energia
O futuro passa necessariamente pela aposta nas energias alternativas e pela utilização racional da energia. A disponibilidade permanente, conduziu ao consumo descuidado e exagerado. Os especialistas acreditam, no entanto, que é possível reduzir consideravelmente o consumo de energia, sem beliscar o ritmo da economia e o grau de conforto e de satisfação das pessoas.
No Brasil, a maior parte da energia eléctrica é produzida nas barragens. Em 2001, após um verão particularmente seco, as barragens estavam num nível muito baixo e previam-se sérias problemas de produção e abastecimento de energia eléctrica. O governo brasileiro impôs um forte racionamento no consumo, passada a crise, os velhos níveis de consumo não foram retomados. As pessoas tinham-se apercebido que era possível viver com o mesmo nível de conforto, economizar energia e pagar um factura inferior de electricidade. Uma excelente notícia!
Segundo um relatório de 2002, da Agência Internacional de Energia, 80% de toda a energia consumida mundialmente provém dos combustíveis fósseis. Para este valor contribui cada vez mais, o sector dos transportes. Todos nos

Como se adivinha, dada a sua lentíssima formação, as suas reservas mundiais têm os dias contados. Ora isto coloca-nos numa situação com apenas duas soluções complementares, usar racionalmente a energia e apostar claramente nas energias alternativas.

Quais são as energias renováveis? Qual a sua situação em Portugal?
Energia Hidroeléctrica
Nas Barragens produz-se cerca de 17% da energia eléctrica produzida no mundo e cerca de 1/3 da energia total consumida em Portugal, em anos húmidos. Mas a produção hidroeléctrica tem limites físicos e apesar de não lançar fumos para a atmosfera, como fazem as centrais térmicas e de a natureza repor continuamente as águas, fomenta impactes negativos, havendo quem ponha em causa o seu adjectivo de “renovável”. Consistiu uma barreira física à passagem de organismos aquáticas (Onde estão as enguias?), retêm sedimentos, o que conduz a um aumento da erosão a jusante, leva ao desaparecimento de habitat naturais, propriedades agrícolas, aldeias… Nos países industrializados já foram construídas quase todas as barragens que era possível. As mini-hidrícas são, ultimamente, apresentadas como uma alternativa ecológica menos agressiva do que as grandes barragens.
Energia Solar


Energia Eólica
A utilização da energia do vento para produzir energia eléctrica está a crescer exponencialmente, tendo aumento 52%, em média, por ano, entre 1971 e 2000, segundo a Agência Internacional de Energia. Por nós bem conhecida, este tipo de energia alternativa reúne consensos, mesmo entre os ambientalistas.
Biomassa
A biomassa é a matéria resultante dos animais e plantas, sendo a queima da lenha a aplicação ancestral. Porém, novas aplicações tecnológicas permitem a conversão de resíduos de animais, esgotos e de lixos domésticos em biogás, que por sua vez é transformado em calor ou electricidade. Existem já no país suiniculturas que são auto-suficientes energeticamente. Circulam também, já nalguns países, uma frota de automóveis com os chamados “biocombustíveis” – biodiesel ou etanol- feitos a partir de cana-de-açucar, beterraba e girassol. Quem diria?!

Energia Geotérmica
Para além das aplicações tradicionais do calor da Terra, próprias de cada região, por exemplo, na ilha de São Miguel, do cozido das Furnas, é possível, quando a temperatura da água é elevada, aproveitar este recurso natural para produzir electricidade. A ilha açoriana possui já duas centrais desse género, que produzem cerca de 1/3 da electricidade consumida na ilha.
Energia das Ondas

Funcionam como uma pilha que está ligada a um reservatório de hidrogénio. O hidrogénio existe numa quantidade inesgotável de substâncias, de modo que estas células são incluídas nas renováveis. Têm a vantagem de não produzir poluentes atmosféricos. Existem já protótipos de automóveis a circular com células de combustível. Mas não constituem ainda uma alternativa competitiva, devido a limitações técnicas e económicas.
Futuro
Nesta breve descrição esboça-se um futuro, a médio prazo, em que as energias alternativas terão necessariamente um importante papel a desempenhar. A integração de conceitos e práticas de economia energética, com o desenvolvimento sustentável e com a mobilidade sustentável estarão também na ordem do dia. Basta fazer uma breve pesquisa na net e surgem empresas nacionais que oferecem várias aplicações das energias renováveis, sobretudo da energia solar. Repare-se também, que fazem parte das deduções à colecta prevista no IRS, duas alíneas: “Despesas com a aquisição de equipamentos novos para a utilização de energias renováveis”, bem como “Despesas com a aquisição de equipamentos complementares indispensáveis ao funcionamento de equipamentos energias renováveis”. E esta?
Fontes a consultar:
Programa Água Quente Solar para Portugal
Programa Nacional para a Eficiência Energética de Edifícios (P3E)
Contactos:
Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis (APREN)
Sociedade Portuguesa de Energia Solar
Agências de Energia -ADENE
Associação Europeia de Energia Eólica














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